
Depois de muita confusão, informações vazadas, e muita revolta, parece que todos já estão entrando num processo de conformação com os preços e formato do Tim Festival. O Tim sempre ocupou a posição de melhor e maior festival brasileiro. No último ano todos fomos capazes de comprovar que a coisa não foi lá bem assim. Talvez o Tim ainda esteja no seu trono de festival com as melhores atrações, mas é no formato que o bicho pega. Há quatro anos atrás o formato do Tim era super novidade, sobretudo por aqui, mas outros festivais correram atrás e foram acompanhando o Tim a passos de formiga. Pois é, uma formiga totalmente nova e inesperada, que nem se julgava estar na competição, surpreendeu a todos e acompanhou o nosso querido Tchim no ano passado. Uma formiga que gostava de música eletrônica e ecstasy, chamada Nokia Trends. Não há dúvidas que o Nokia fechou o ano passado como o melhor festival, e isso não se deve às atrações, de forma alguma. Chega a ser desleal The Bravery competir com Daft Punk. A questão é que o formato do Nokia inovou, e chamou atenção fazendo da “indiezisse” das bandas um chamariz para a galera moderninha de sampa. Não sei se coincidentemente ou não, os organizadores do Tim esse ano resolveram inovar também. A boa notícia é que o número de atrações-hot-stuff aumentou consideravelmente em relação ao ano passado, a notícia ruim é que as bandas foram dividas “grupos” e quando você comprar o ingresso você estará pagando para assistir ao grupo e não para ter acesso a um determinado palco, como de costume. Se você comprar o ingresso para dois “grupos” no mesmo dia, você corre o risco deles acontecerem no mesmo palco e você terá de entrar, assistir ao primeiro grupo, depois sair e entrar de novo para assistir ao segundo. Maluquice? Um pouco. Para completar o caos, se alguém quiser asssitir à Cat Power e Arctic Monkeys no Rio, meio que não será possível. Os shows vão acontecer quase que no mesmo horário, igualzinho aos festivais europeus, idêntico, a mesma coisa, praticamente o Glasto.

O simpático Alex Turner - vocal do AM
Se a inteira de cada “grupo” fosse uns 100 reais estaria tudo lindo e todos estaríamos felizes, até uns 150 seria um preço mais condizente com o fim de mundo habitado por nós. Mas não, eles resolveram inovar no preço também, e cada “grupo de bandas” é 180 reais a inteira. Aí você pensa: “Ah, vamos todos para São Paulo, lá são várias atrações no mesmo lugar e o preço é um só: 200 reais”. Sim, São Paulo seria uma saída ótima se não houvesse uma área vip enorme na frente de quem quer assistir ao show. Nos fodemos? Talvez não. O bolso de alguns vai sentir um pouco, mas pode apostar que no fundo no fundo, quem está perdendo mesmo é o Tim. Perdendo em público e perdendo o trono. A nós agora resta comprar os ingressos e esperar pelas formigas super antenadas que ainda estão por vir nesse ano.
É isso, minha gente.
Não tem track mais propícia que essa:
Track 8 (
This House Is A Circus - Arctic Monkeys)
cheers.