29.7.07

Festival Indie Rock

Depois de tanto falar dos festivais de verão europeus, finalmente um festival brasileiro está em pauta. O Festival Indie Rock aconteceu nos últimos dias 25 e 26 no Rio, e 26 e 27 em São Paulo. Além das atrações principais – The Magic Numbers e The Rakes – o festival contou com algumas bandas que têm repercutido positivamente no cenário nacional. O primeiro dia de festival no Rio teve Lucas Santtana & Seleção Natural e Hurtmold abrindo para o Magic Numbers. Para quem já viu filas quilométricas se formarem até quatro horas antes do show em tempos de Franz Ferdinand, o Circo Voador estava até bem vazio. Lucas Santtana & Seleção Natural subiram ao palco com um terço da quantidade de pessoas que assistiriam ao Magic Numbers mais tarde. O show foi bem o que se espera de uma banda que beira o MPB-alternativo, se é que isso existe: calmo, simples e bem satisfatório para quem aprecia o estilo. O show do Hurtmold, que aconteceu logo em seguida, levantou a parte do público que já apreciava o trabalho da banda, mas, em compensação, visivelmente irritou a outra parte que não agüentava mais ouvir música instrumental e experimental e queria logo ouvir os hits do Magic Numbers.
No dia 26, no Rio, houve uma alteração no line up devido à morte do flautista do Mombojó, que seria a segunda banda a tocar. O grupo pernambucano bem parecido com o Los Hermanos foi substituído pelo Nação Zumbi, que acabou abrindo o segundo dia de festival no Rio. É de fato difícil de entender o motivo de os organizadores dos festivais brasileiros adorarem colocar bandas nacionais politicamente corretas para abrir para as atrações principais. Talvez neste caso a organização do Indie Rock esteja perdoada por ter sido uma substituição de última hora, mas ainda assim um cuidado maior deveria ter sido tomado quanto à relação entre a atração principal e a banda de abertura. Terminado o show do Nação Zumbi, Móveis Coloniais de Acajú sobe ao palco, surpreendendo a todos com a brilhante atuação. Já foi comentado neste blog que o grande problema das bandas nacionais é o de copiar fielmente as bandas estrangeiras, e que falta nelas o elemento novo. Pois é, pode-se dizer definitivamente que Móveis Coloniais de Acajú tem esse elemento.

Móveis Coloniais de Acajú - Pic By Thais Gallart

O show impressionou bastante não só pela qualidade técnica da banda como pela criatividade e irreverência. A performance teve um quê de teatral, com os músicos correndo de um lado para o outro no palco, fazendo a coisa toda parecer uma grande festa, praticamente um baile de carnaval. No fim do show, todos se surpreendem quando o vocalista, André Gonzáles, desce do palco e pede para a platéia dar as mãos e formar uma roda. Enquanto alguns dos músicos se concentravam no centro do círculo, o público fazia movimentos coreografados ditados por André. Foi uma boa prévia para o show do Rakes que estava por vir.
O line up de São Paulo não teve Lucas Santtana, mas contou com o Moptop, banda bem quase cópia descarada do Strokes, mas que ainda assim toca bem e empolga o público. Talvez o festival tenha sido um pouco prejudicado por acontecer no meio da semana, mas ainda assim o saldo geral foi positivo.

Track 1 (The Strokes - You Live Only Once)

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http://tracksonstereo-english.blogspot.com

4 comentários:

Anônimo disse...

HUAHAUAAHAUAHAUAHAUAHAU!!!
Juro que queria ver essa cena! essa "grande roda"! adoro coisas bizarras.

Anônimo disse...

Leegaaal! Eu vi no jornal tava vazio messmo ate acontecer os shows legais.

Mas o moveis deve ter sido com certeza a melhor nacional.

Parabens pelo blog de novo!

Anônimo disse...

Nossa o show do Móveis foi sensacional! Fiquei encantada com a performance da banda, era impossível ficar parada com os caras se acabando no palco!! Realmente parecia um baile de Carnaval! hahaha!!!

Até esqueci q eu tinha ido pra ver Rakes!
ok, essa parte é mentira! haha

Anônimo disse...

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lolikneri havaqatsu