29.7.07

The Magic Numbers - Rio 07.

Todos já estavam há tempos esperando um show do Magic Numbers no Brasil. A banda inglesa formada por dois casais de irmãos passou por aqui no primeiro dia do Festival Indie Rock, dando continuidade à turnê de seu segundo álbum, Those The Brokes. Sem ironias, o adjetivo “fofo” se encaixa perfeitamente para os quatro integrantes: Romeo, Angela, Sean e Michele. Esbanjando simpatia e agradando a todos por onde passava, a banda fez dois shows no Rio: o primeiro foi um pocket na Fnac no dia 24 de julho, terça-feira, o segundo foi no Indie Rock no dia seguinte. O pocket show mal teve divulgação, e ao chegar lá pôde-se perceber exatamente o porquê disso. Eram apenas algumas cadeiras e um mini-palco, tudo bem pocket mesmo. A impressão (e vontade) que dava era que o evento poderia ter acontecido na sala da sua casa. O público que compareceu no local teve de se conter angustiantemente sentado durante as apresentações que impressionavam não só pela afinação de Angela e Michele como pela interação entre a banda. Foram apenas três músicas - “Take A Chance”, “Love Me Like You” e “Love Is Game” – o que deixou todos na expectativa para o dia seguinte.
Em entrevista a este blog, Michele fala um pouco do segundo álbum e de algumas preferências da banda quando o assunto é a platéia e o formato do show:

Michele . Pic By Thais Gallart

Tracks On Stereo: Um pouco diferente de outras bandas, vocês não pararam desde o primeiro álbum e, de acordo com a imprensa, Those The Brokes foi inteiramente escrito na estrada. Quais são as vantagens de não quebrar o ritmo e emendar um trabalho no outro como vocês fizeram?

Michele: “Bem, para ser bem honesta, nós nunca precisamos parar. Apesar de estar na estrada ser bem cansativo, é viajando que nós ficamos na nossa melhor forma, nós estamos desde o início dando nosso melhor e desde então estamos nos mantendo infreáveis na medida do possível. Romeo vem escrevendo várias músicas novas e cada uma delas vem apresentando um desafio cada vez maior para conseguirmos tocar. Nós estávamos muito ansiosos para gravá-las e viver o sonho de estar no estúdio fazendo um novo álbum mais uma vez. Não foi preciso tirar uns meses de férias para escrever, como ‘outras bandas’ geralmente fazem, nós só queríamos continuar no mesmo ritmo em que estávamos trabalhando, o que funcionou como uma grande vantagem para o nosso desempenho na gravação do disco e na produção também, deixando tudo do jeito que tínhamos imaginado.”

Tracks On Stereo: Romeo declarou uma vez que Those The Brokes é um álbum “extremamente pessoal”. Poderíamos supor que tudo contado nas letras é de fato real e que vocês realmente viveram todas aquelas situações?

Michele: “Sim. Nós sempre frisamos que a banda representa uma experiência verdadeira de música que vem da alma, e não só quanto às nossas personalidades isoladas, (nós quatro no palco, entrevistas etc...) mas na música e nas letras também. Às vezes eu não sei como ele (Romeo) consegue fazer isso, abrindo o coração para que o mundo veja. É tudo sobre um monte de coisas pelas quais passamos de tempos em tempos. Então sim, Those The Brokes é bastante pessoal, assim como tudo o que já tenhamos escrito ou falado.”

Tracks On Stereo: Vocês estão acostumados a tocar tanto para platéias pequenas quanto para platéias enormes. Qual das duas opções vocês acham que mais combina com o som de vocês? Vocês têm alguma preferência quanto a isso?

Michele: “Nós simplesmente amamos fazer shows, é o melhor momento do dia... Por várias vezes já tentei descrever o sentimento de estar no palco, toda aquela euforia e adrenalina, ver as pessoas cantando as suas músicas, pessoas de toda parte do mundo. Então em qualquer lugar, seja num festival ou em um pequeno clube, nós sempre nos divertimos. Se eu tivesse de ser específica e eleger uma preferência, seria quando tocamos num show só nosso sendo a única atração principal. Fazer nosso próprio show nos permite mostrar todos os lados da banda de uma maneira dinâmica e intimista. Nós adoramos quando é possível ter a multidão gritando feito louca em alguns momentos e em outros tê-la tão quieta a ponto de ouvir uma palheta cair no chão. (heehee!!)”

Angela . Romeo . Michele - Pic By Thais Gallart

Logo depois do show de bolso, a banda ficou disponível para autógrafos e para falar com os fãs. Enquanto conversávamos, eles comentaram que não sabiam o que esperar para o show do Circo, mas que a ansiedade era grande. No dia 25, depois das apresentações de Lucas Santtana & Seleção Natural e Hurtmold, eles fecharam a noite fazendo um show que marcaria o ano definitivamente. Eles interagiram com a platéia o tempo todo, com direito a música ensaiada. Não tinha como não se contagiar com a alegria que emanava dos sorrisos de Michele e Romeo ao ouvirem o público cantar em coro os hits da banda.

Magic Numbers - Pic By Thais Gallart

O show teve uma música inédita e alguns covers, entre eles o inusitado “Crazy In Love” da Beyoncé, mostrando um lado brincalhão bem a exemplo das várias faces da banda das quais Michele comenta na entrevista. E falando nela, a irmã simpática de Romeo soltou totalmente a franga e se divertiu rebolando até o chão, pedindo para o público acompanhar. Um momento do qual os fãs certamente não vão esquecer foi quando Romeo prometeu que eles voltarão, e deu data certa para isso: fevereiro. Durante o pocket show na Fnac uma das organizadoras do festival comentou com um fã sobre a possibilidade de uma nova edição em fevereiro. Será? Enfim, teremos de ir dormir com essa dúvida, pelo menos por enquanto.

Angela - Pic By Thais Gallart

Track 11 (Magic Numbers - Runnin' Out)

To read this post in English click here:
http://tracksonstereo-english.blogspot.com

cheers.

4 comentários:

Anônimo disse...

Legal saber que as músicas têm inspirações em experiências pessoais. Assim a gente fica conhecendo um pouco mais de cada um.

Anônimo disse...

Que bonito!
Eles sao fodas demais.
Perdi uma oportunidade unica de
ve-los na fnac.

Ah tomara que eles voltem mesmo, porque quero muito ir no show deles, ja que nao fui dessa vez.

Ahhhhhhhhhhhh*-*
fofos mesmo! aiuhahaiuahihaia

E o baterista disse pro jornal que odeia ser chamado disso, e odeia rotulos... uiahuahuaaa

teh (:

Anônimo disse...

Droga! eu não deveria ter lido!!! fiquei só na vontade agora! haha
porque q eu não fui no show deles??
com certeza foi liiindo!!!!

THE MOVIE-GOER disse...

Um dos melhores shows que eu fui na vida pelo "extreme good vibe" que rolou entre platéia e banda. Inesquecível mesmo!