29.7.07

The Rakes - Rio 07.

O encerramento do segundo dia de Festival Indie Rock no Rio ficou por conta do Rakes, banda londrina formada por Alan (vocal), Mathew (guitarra), Jamie (baixo) e Lasse (bateria). Não é de hoje que o boato da vinda do Rakes ao Brasil ronda a internet. Eles já foram a atração de duas edições do Curutiba Rock Festival (Sonora, whatever) que não existiram. O que se sabe é que todos já estavam cansados de alimentar expectativas, mas dessa vez foi pra valer. Quando o show começou veio quase que instantaneamente uma sensação esquisita. O som não estava bom, o microfone estava baixo e, verdade seja dita, todos estavam se sentindo mal, temendo uma possível decepção. Mas, especificamente a partir de “22 Grand Job”, a realidade foi outra. O som melhorou e a batida forte da música fez o público entrar no ritmo. As músicas seguintes foram gradativamente ficando mais e mais empolgantes, com a platéia respondendo à altura. A empolgação foi tanta que em um determinado momento, o Jamie começou a puxar as pessoas para o palco, que em segundos foi invadido por inúmeros fãs que pulavam e faziam zorra, num clima de total algazarra punk bem parecido com o som do Rakes no primeiro álbum, como diria o Mathew quando comentou sobre as diferenças entre o primeiro e segundo álbum para o blog:

Mathew - Pic By Thais Gallart

Tracks On Stereo: Vocês já declararam que o segundo álbum não foi nenhum tipo de “passo à frente” rumo ao experimentalismo ou coisa assim. O que ele teria de diferente, então?

Mathew: “Ahnn... O primeiro álbum é um pouco mais cru, as músicas foram escritas euforicamente numa tentativa de deixar a coisa mais punk mesmo. No segundo, além de termos melhorado, nós seguimos por um caminho mais melódico. Basicamente é essa a principal diferença: o primeiro é muito mais punk enquanto o segundo é mais melódico, basicamente isso.”

Tracks On Stereo: A platéia pegou fogo no show de vocês na Carling Weekend Leeds no ano passado. O que vocês esperam da platéia daqui? Alguém falou algo relacionado ao público brasileiro para vocês?

Mathew: “Sim, sim. O Franz Ferdinand! Foi aqui mesmo [Circo Voador] que eles tocaram no ano passado, não foi? Eles disseram que o público é insano, que cantam em coro e não param de se mexer um segundo. Eles fazem sucesso por aqui. Eu espero que todos peguem fogo hoje aqui também.”

Alan - Pic By Thais Gallart

Depois de os seguranças expulsarem todos do palco, o show seguiu com a mesma empolgação. Quando estava tudo se encaminhando para o fim, o Alan se jogou na platéia, destacando a extrema discrepância entre o fim explosivo e o início frio do show. Assim, diferente do que todos temiam no início, o show do Rakes foi insano, com uma sensação de “nada é proibido” no ar. Felizmente, todos curtiram e não decepcionaram as expectativas do Mathew que competiam injustamente com o show histórico do Franz que aconteceu no Circo em fevereiro do ano passado. Não é a primeira vez que uma banda comenta a propaganda positiva que o Franz faz do Brasil e do público brasileiro. Isso tem o lado bom de fazer com que outras bandas tenham vontade de vir para cá, e tem o lado complicado de fazer jus às descrições de Alex e cia. quando elas vierem. Mas, pelo menos no que diz respeito ao show do Rakes, a sensação parece ter sido de dever cumprido.

Pic By Thais Gallart

Track 1 (The Rakes - The World Was A Mess But His Hair Was Perfect)

Cheers.

4 comentários:

Gusta disse...

injusto nao comentarem. gostei da entrevista!

Anônimo disse...

Adorei a materia, Lucas! Parabens!

.PHILIPE. disse...

hahahah!

Maneeeeeiro, eu nao amo o Rakes, mas gosto de algumas musicas.

Que bom que mais uma banda saiu daqui com essa imagem boa dos brasileiros...uiahuahuaaha

Ah mto boa a foto do palco invadido! demais!
vc estava la?

Essa semana fria foi estranha, nem parecia que aconteceria esses shows na lapa.iouahuiahiuaha
Acho que tbm como vc disse, dia de semana eh foda.

Teh Lucas!:D

Anônimo disse...

AAAAAAAAAh!!! o show foi dmais!!!!

o Alan é o rei da dança do Robô!!!!

fantástico!!!!!!!!!