Tim 07
Depois de muita confusão, informações vazadas, e muita revolta, parece que todos já estão entrando num processo de conformação com os preços e formato do Tim Festival. O Tim sempre ocupou a posição de melhor e maior festival brasileiro. No último ano todos fomos capazes de comprovar que a coisa não foi lá bem assim. Talvez o Tim ainda esteja no seu trono de festival com as melhores atrações, mas é no formato que o bicho pega. Há quatro anos atrás o formato do Tim era super novidade, sobretudo por aqui, mas outros festivais correram atrás e foram acompanhando o Tim a passos de formiga. Pois é, uma formiga totalmente nova e inesperada, que nem se julgava estar na competição, surpreendeu a todos e acompanhou o nosso querido Tchim no ano passado. Uma formiga que gostava de música eletrônica e ecstasy, chamada Nokia Trends. Não há dúvidas que o Nokia fechou o ano passado como o melhor festival, e isso não se deve às atrações, de forma alguma. Chega a ser desleal The Bravery competir com Daft Punk. A questão é que o formato do Nokia inovou, e chamou atenção fazendo da “indiezisse” das bandas um chamariz para a galera moderninha de sampa. Não sei se coincidentemente ou não, os organizadores do Tim esse ano resolveram inovar também. A boa notícia é que o número de atrações-hot-stuff aumentou consideravelmente em relação ao ano passado, a notícia ruim é que as bandas foram dividas “grupos” e quando você comprar o ingresso você estará pagando para assistir ao grupo e não para ter acesso a um determinado palco, como de costume. Se você comprar o ingresso para dois “grupos” no mesmo dia, você corre o risco deles acontecerem no mesmo palco e você terá de entrar, assistir ao primeiro grupo, depois sair e entrar de novo para assistir ao segundo. Maluquice? Um pouco. Para completar o caos, se alguém quiser asssitir à Cat Power e Arctic Monkeys no Rio, meio que não será possível. Os shows vão acontecer quase que no mesmo horário, igualzinho aos festivais europeus, idêntico, a mesma coisa, praticamente o Glasto.
O simpático Alex Turner - vocal do AMSe a inteira de cada “grupo” fosse uns 100 reais estaria tudo lindo e todos estaríamos felizes, até uns 150 seria um preço mais condizente com o fim de mundo habitado por nós. Mas não, eles resolveram inovar no preço também, e cada “grupo de bandas” é 180 reais a inteira. Aí você pensa: “Ah, vamos todos para São Paulo, lá são várias atrações no mesmo lugar e o preço é um só: 200 reais”. Sim, São Paulo seria uma saída ótima se não houvesse uma área vip enorme na frente de quem quer assistir ao show. Nos fodemos? Talvez não. O bolso de alguns vai sentir um pouco, mas pode apostar que no fundo no fundo, quem está perdendo mesmo é o Tim. Perdendo em público e perdendo o trono. A nós agora resta comprar os ingressos e esperar pelas formigas super antenadas que ainda estão por vir nesse ano.
É isso, minha gente.
Não tem track mais propícia que essa:
Track 8 (This House Is A Circus - Arctic Monkeys)
cheers.
4 comentários:
Como fas? Vou para São Paulo mesmo e vou tacar latas de cerveja no povo global da área vip, hahahaha! (6)
(Leia-se: estou morrendo de inveja de quam vai de vip)
Mas não, eles resolveram inovar no preço também
Tem noção que não tem nem três anos eu paguei 30 real pra ver o Libertines??
E a área VIP do Anhembi não só te dá o direito de ficar na grade, como também te dá a exclusividade de ESCUTAR o show!!!
Mas vamo que vamo... dentro de um mês e alguns dias todo mundo se reúne e passa o dia comentando, entre outras coisas, os precinhos camaradas e inovações do TIM \o/
Woohooo!!
Binha
Será que o Brasil está se achando um país com direito de fazer um festival com caracteristicas européias, ou será só uma solução de um problema sem uma idéia brilhante?!
O jeito é gastar todo o meu dinheiro no Rio mesmo. Pelo menos não gasto com passagem para São Paulo.
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